Bom, apesar do resultado pífio (um filme que não merecia ganhar,mas qual a novidade nisso?), gostei do Oscar 2007. Aos que reclamam que Martin Scorsese foi agraciado por um filme menor, pior seria se ele tivesse ganho por Gangues de Nova York ou O Aviador, filmes ainda mais falhos que Os Infiltrados. E melhor ainda que Babel foi reduzido ao prêmio de trilha sonora, e só.
Muito bom ver Scorsese desencalhando, mas também não precisava deixar tudo mais explícito do que já era ,colocando no palco para apresentar o prêmio o trio Spielberg, Lucas e Coppola.
Peter O´Toole não teve a mesma sorte de Scorsese, e os membros da Academia não ficaram com pena dele, dando o prêmio para o bom Forest Whitaker. Helen Mirren ganhou, como o esperado, e Jennifer Hudson também, talvez por falta de opção. Veremos quantos filmes (e o nível deles) ela fará nos próximos anos.
O Labirinto do Fauno foi surpreendentemente o segundo mas premiado da noite, ganhando 3 prêmios técnicos- é muito bom ver esses prêmios sendo dado para um filme mexicano e não um blockbustaer americano, a despeito do fato de que os técnicos que trabalharam em Fauno também trabalham no cinemão de Hollywood. O diretor de fotografia Guillermo Navarro (que já assinou um Tarantino, Jackie Brown) passou a perna no excelente –e,olha só,também mexicano – Emannuel Lubezki (que concorria por Filhos da Esperança). Isso não foi legal, afinal Lubezki é um dos melhores cinematographer da atualidade, era o favorito, e fez trabalhos excepcionais em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça e O Novo Mundo.
Ironicamente, o diretor de Fauno, Guillermo Del Toro, saiu de mãos vazias, perdendo em roteiro e filme estrangeiro – o comitê que seleciona os filmes dessa categorias gostam de ser malvados, e escolheram o elogiado A Vida dos Outros, da Alemanha. Mas não indicar Volver esse ano foi um absurdo tão grande que esse resultado não surpreende.
Um dos filmes mais massacrados do ano passado, Maria Antonieta, levou o prêmio de melhor figurino, e Milena Canonero, antiga colaboradora de Stanley Kubrick, agradeceu ao mestre, muito bom esse momento . As apresentadoras dessa categoria e estrelas de O Diabo Veste Prada, Anne Hathaway e Emily Blunt(que deveria ter sido indicada como coadjuvante) esperavam que a estatueta fosse para o seu filme, e devem ter ficado com a cara no chão quando leram que o prêmio era para outro filme(viu como o Oscar é sacana?), mas foi muito bom vê-las contracenando com Meryl Streep,na platéia fazendo cara de escrota, igualzinho como se vê no filme. Impagável.
O que mais dizer? Visual cafona, festa chata, Ellen DeGeneres (que cara engraçada a dessa mulher) tímida porém eficiente (cadê o Jon Stewart?), tudo muito óbvio.
Os clipes desse ano homenagearam os roteiristas (editado por Nancy Meyers, que colocou várias imagens do seu Alguém Tem Que Ceder), a sociedade americana (Michael Mann foi o responsável, citando o seu Ali) e os filmes estrangeiros ( esse foi feito pelo Giuseppe Tornatore, que colocou diversas cenas do seu inesquecível Cinema Paradiso).
Curioso, na minha opinião o único prêmio realmente merecido que Os Infiltrados levou foi o de direção mesmo, já que Scorsese conduz de forma brilhante um filme que beira o banal e coisas piores. A edição de Vôo 93 é mais interessante e difícil, o roteiro do filme é artificial e é uma adaptação que pega muito do filme original e com certeza não é o melhor filme do ano(afinal, como decidir isso?). Mas já estamos vacinados contra o Oscar, e a partir do momento em que se entende como o jogo funciona tudo se torna mais razoável.
Prêmio de marketing, da indústria, de propaganda, de autocelebração, não importa, tudo ali não passa de fogos de artifício. É divertido de ver, mas é bom não cair na armadilha de pensar que eles realmente premiam os melhores. Vai ver nem os eleitores da Academia acreditam mesmo nisso.
Muito bom ver Scorsese desencalhando, mas também não precisava deixar tudo mais explícito do que já era ,colocando no palco para apresentar o prêmio o trio Spielberg, Lucas e Coppola.
Peter O´Toole não teve a mesma sorte de Scorsese, e os membros da Academia não ficaram com pena dele, dando o prêmio para o bom Forest Whitaker. Helen Mirren ganhou, como o esperado, e Jennifer Hudson também, talvez por falta de opção. Veremos quantos filmes (e o nível deles) ela fará nos próximos anos.
O Labirinto do Fauno foi surpreendentemente o segundo mas premiado da noite, ganhando 3 prêmios técnicos- é muito bom ver esses prêmios sendo dado para um filme mexicano e não um blockbustaer americano, a despeito do fato de que os técnicos que trabalharam em Fauno também trabalham no cinemão de Hollywood. O diretor de fotografia Guillermo Navarro (que já assinou um Tarantino, Jackie Brown) passou a perna no excelente –e,olha só,também mexicano – Emannuel Lubezki (que concorria por Filhos da Esperança). Isso não foi legal, afinal Lubezki é um dos melhores cinematographer da atualidade, era o favorito, e fez trabalhos excepcionais em A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça e O Novo Mundo.
Ironicamente, o diretor de Fauno, Guillermo Del Toro, saiu de mãos vazias, perdendo em roteiro e filme estrangeiro – o comitê que seleciona os filmes dessa categorias gostam de ser malvados, e escolheram o elogiado A Vida dos Outros, da Alemanha. Mas não indicar Volver esse ano foi um absurdo tão grande que esse resultado não surpreende.
Um dos filmes mais massacrados do ano passado, Maria Antonieta, levou o prêmio de melhor figurino, e Milena Canonero, antiga colaboradora de Stanley Kubrick, agradeceu ao mestre, muito bom esse momento . As apresentadoras dessa categoria e estrelas de O Diabo Veste Prada, Anne Hathaway e Emily Blunt(que deveria ter sido indicada como coadjuvante) esperavam que a estatueta fosse para o seu filme, e devem ter ficado com a cara no chão quando leram que o prêmio era para outro filme(viu como o Oscar é sacana?), mas foi muito bom vê-las contracenando com Meryl Streep,na platéia fazendo cara de escrota, igualzinho como se vê no filme. Impagável.
O que mais dizer? Visual cafona, festa chata, Ellen DeGeneres (que cara engraçada a dessa mulher) tímida porém eficiente (cadê o Jon Stewart?), tudo muito óbvio.
Os clipes desse ano homenagearam os roteiristas (editado por Nancy Meyers, que colocou várias imagens do seu Alguém Tem Que Ceder), a sociedade americana (Michael Mann foi o responsável, citando o seu Ali) e os filmes estrangeiros ( esse foi feito pelo Giuseppe Tornatore, que colocou diversas cenas do seu inesquecível Cinema Paradiso).
Curioso, na minha opinião o único prêmio realmente merecido que Os Infiltrados levou foi o de direção mesmo, já que Scorsese conduz de forma brilhante um filme que beira o banal e coisas piores. A edição de Vôo 93 é mais interessante e difícil, o roteiro do filme é artificial e é uma adaptação que pega muito do filme original e com certeza não é o melhor filme do ano(afinal, como decidir isso?). Mas já estamos vacinados contra o Oscar, e a partir do momento em que se entende como o jogo funciona tudo se torna mais razoável.
Prêmio de marketing, da indústria, de propaganda, de autocelebração, não importa, tudo ali não passa de fogos de artifício. É divertido de ver, mas é bom não cair na armadilha de pensar que eles realmente premiam os melhores. Vai ver nem os eleitores da Academia acreditam mesmo nisso.
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