segunda-feira, 10 de março de 2008

O Diário de uma Babá ( **1/2 )


Não se fazem babás como antigamente

Infelizmente parece que Scarlett Johansson (aqui em visual comportado) ainda não é capaz de carregar um filme nas costas, mas até que ela se sai bem neste segundo filme dos criadores de Anti- Herói Americano – não poderiam haver dois filmes tão diferentes quanto estes dois. Este fracasso de bilheteria vai ficar melhor nas sessões da tarde da próxima década, e não muda a vida de ninguém.

Fiquei viajando nas citações a Mary Poppins (bem excessivas, por sinal) e fiquei pensando se boa parte da platéia estava captando a mensagem. Quanto ao elenco, Chris Evans não faz nada, só pose, a cantora Alicia Keys tem uma participação sem sal, e Paul Giamatti volta a interpretar um vilão canalha, coisa que ele fazia antes de cair nas graças do cinemão, ou seja , um retrocesso. Mas não dá pra culpar esses atores, o roteiro é que é ingrato mesmo. A única que se salva é Laura Linney, que pega o papel menos cretino e entrega uma ótima atuação, mesmo que a resolução final da sua personagem seja uma tolice.

Vi o filme numa sessão dublada, o que foi um choque, não avisaram antes da sessão. Fiquei puto no começo do filme, afinal estaria perdendo uma das coisas que eu mais gosto em dona Johansson, que é aquela voz rouca e cheia de “hum huns”, coisa que ela faz em todo filme. E quem sofre mais com a tradução é o guri que faz a criança que Scarlett cuida. Ele fica ainda mais irritante com a voz que arranjaram pra ele, e quando seu personagem muda de pestinha pra bonzinho a gente demora umas vinte cenas pra perceber, pra você ver como a coisa aqui é bem feita – sim, credite isso tanto a dublagem quanto ao roteiro. Mas o conteúdo disto aqui é tão besta e industrializado que me senti sentado no sofá da sala, vendo a Globo às 4 da tarde, então até que caiu bem.


The Nanny Diaries / 2007 /Shari Springer Berman & Robert Pulcini / (1:85:1)

3 comentários:

Anônimo disse...

João, se toca! as sessões da tarde da próxima década vão ser pay-per-view e em widescreen anamórfico... toda a magia vai desaparecer...

eu vi Juno. adorei. no comecinho achei tudo o que vc dizia, mas ele foi melhorando e melhorando... até chegar naquele final perfeito. deus abençoe as vadias!

e nem vem: vc gosta de toda comédia romântica q vc assiste... Nunca é tarde para amar, Abc do Amor, Abaixo o Amor, Alguém tem que ceder... afff, é a lista de filmes mais aterrorizante do século.

João Daniel disse...

Nada a ver. Eu até gosto do final de Juno (o clímax mesmo, não aquela cena final bem feita,mas pseudo fofa), mas o restop do filme é algo de artificial. Os bons momentos mesmo ficaram pra Jennifer Garner.

E as comédias "românticas" eu eu elogiei são boas mesmo,ora essas,rs. Do jeito que você falou, parece que eu sou obcecado pelo gênero.E se vc,como cinéfilo,não gostar de pelo menos Abaixo o Amor,êta que a coisa tá feia.

Anônimo disse...

Isso pq vc n viu a voz q arrumaram p/ Claire, de Lost...aff

eu achando q minha voz era um caso perdido... :)