quarta-feira, 9 de abril de 2008

Juno ( **1/2 )


Ela é independente.

Não gostar muito de filmes como Juno, que quase todo mundo ama, acha lindo e o escambau, é sinal de rabugentice? Talvez, mas não posso ir contra a minha natureza e forçar gostar de algo que, com boa vontade, achei apenas razoável.

Dá pra entender perfeitamente por que foi (e ainda é) um grande fenômeno de bilheteria, virou moda e etc, mas este aqui sofre com aqueles velhos vícios de cinema independente fofo americano, e não há como não se incomodar com isso. Dessa fábrica, o produto que mais me irritou até hoje foi o tal do Hora de Voltar, filme que achei um horror, mas que ganhou fãs por esse mundão afora.

Os diálogos espertalhões, estilizados demais, algumas atuações inanes, e um visual seco que depõe contra toda a graciosidade pré-programada do filme são pontos que incomodam. Não é legal quando você vê um filme e não acredita na metade das coisas que estão acontecendo e sendo ditas. Claro, o roteirista escreve o que quiser, mas não dá pra abrir a mente sempre em filmes que, supostamente, têm o pé no chão e se passam no mundo real.

Outra coisa desagradável é a trilha sonora, cheia de baladinhas repetitivas e idiotas, que irritam mais do que agradam. A trilha fez muito sucesso e está vendendo muito, é claro.

Curioso que, neste filme e nos dois últimos vencedores do Oscar de roteiro original, é justamente o script que me interessa em ver o filme e me decepciona no final. Crash, Pequena Miss Sunshine e este Juno são três filmes que sofreram pra chegar nas telas, foram feitos pelo preço de duas marias-moles, e viraram mania de bilheteria. Mas são pontos de partida excelentes que resultaram em fitas artificiais e com estrutura forçada – e o filme de Paul Haggis ainda tem o mérito de ser mal dirigido e porcamente atuado. Com sorte, saem filmes divertidos, como o da Kombi amarela.

Mas sejamos sinceros, o filme está longe do desastre. O texto da precocemente cultuada Diablo Cody ganha pontos justamente por não tratar a sua protagonista a pão–de-ló, já que é julgada por boa parte dos outros personagens do filme, e por trazer observações pertinentes sobre casamento, paternidade, vida escolar e outras instituições. Só faltou ser menos afetado.

Mas o que eu quero dizer é que, pena, que filmes tão premiados pelos seus roteiros tenham histórias, diálogos e situações tão malandros, deixando filmes melhores, mais bem escritos e honestos em segunda mão. É a vitória do conceito sobre a qualidade, e valorizar tal tipo de filme pra mim é algo muito perigoso.

Obs: O que é essa Academia de Hollywood hein? Até agora não entendi como o Jason Reitman foi indicado ao Oscar de direção, deixando para trás David Cronenberg, Tim Burton e o Joe Wright. Que mico.

Obs 2: Este foi o primeiro filme que eu vi primeiro no computador e depois nos cinemas. Experiência interessante, e no telão,por motivos óbvios, é bem melhor. Mas, curioso que a legenda “pirata” seja muito mais bem feita e fiel aos diálogos em inglês do que a legenda oficial, que está nas cópias do cinema.


Juno / Jason Reitman / 2007 / (1:85:1)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Filmes de Março de 2008


1. Motoqueiros Selvagens **

2. O Exorcista – Versão do Diretor ****

3. Filadélfia ***

4. Premonições *1/2

5. Meu Nome Não É Johnny **1/2

6. Prenda-me Se For Capaz ***

7. 10,000 a.C **

8. The Bad Seed **1/2

9. Fargo ***1/2

10. Peter Pan ***

11. Beleza Roubada ***1/2

12. Não Por Acaso **1/2

13. Tudo Sobre Minha Mãe *****

14. Marnie – Confissões de uma Ladra *****

15. Ela é o Cara **1/2

16. Barton Fink ****1/2

17. Horror em Amityville (2005) **

18. Sexta-feira Muito Louca (2003) ***

19. Maria- Antonieta **

20. Horton e o Mundo dos Quem **1/2

21. Invasores **1/2

22. Psicose ****1/2

23. True Lies ***1/2

24. Quem Vai Ficar Com Mary? ***1/2

25. A Identidade Bourne **1/2

26. A Supremacia Bourne ***1/2

27. Sexo, Amor e Traição **

28. O Piano ****

29. Poltergeist – O Fenômeno ***1/2

30. Quase um Segredo ***

31. Drácula de Bram Stoker ***1/2