Sitcom com F/X
Mais uma adaptação do universo Marvel chega aos cinemas. Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado chegou aos cinemas do Brasil na última sexta, trazendo para as telas um ícone das HQs,justamente o tal Surfista do título,que tem uma prancha mas não a usa no mar,mas no espaço(?!)
O curioso personagem já tem mais de quarenta anos nas costas sua primeira aparição foi justamente no gibi do Quarteto Fantástico,em 1966.Apesar de ser um personagem cultuado, nunca teve força suficiente pra estrelar um filme próprio.Os fãs podem ficar felizes,mas nem tanto:o personagem está lá, numa computação gráfica/trabalho de dublê bastante eficientes, mas tem pouco espaço no filme e não traz muito de suas características conhecidas nos quadrinhos. Tido como um herói trágico e filosófico,foi reduzido no filme a um capanga do espaço. O visual pelo menos está bacana.
Embora seja bobinho do começo ao fim,Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado é um blockbuster sem grandes pretensões,ao contrário do fraco Homem-Aranha 3, a maior decepção do ano até agora. Em comum,além da origem no papel, ambos os filmes têm muita vontade de faturar alto em todo o mundo. Custou caríssimo esse aqui,embora você fica se perguntando onde foi parar tanto dinheiro...,
Quanto ao elenco, só ator canastrão, até que se prove o contrário e-mais importante pro filme do que boas atuações- cheio de saúde pra dar. O casal sarado Jessica Alba/Chris Evans são os mais conhecidos do público, e aqui interpretam irmãos. O resto do elenco se resume a astros em ascensão (como o Ioan Gruffudd, o líder do quarteto) e atores de seriados de tv. A parte do orçamento geralmente reservada para grandes astros deve ter sido transferida para a área de efeitos especiais,
A sensação de deja vu é constante durante a projeção. O filme é tão quadradinho no visual e em sua estrutura, e as situações tão repetitivas, que em certos momentos você pensa que está assistindo mais um capítulo da franquia X-Men (as cenas na floresta), ou Guerra dos Mundos (as crateras no chão do centro de Londres), entre outros.
Para disfarçar a precariedade da trama, os roteiristas enfeitam o bolo e inserem dramas, como a possível separação do quarteto, mas até isso é tratado com a profundidade de um pires. Os problemas estão lá, mas não sentimos a gravidade deles. O Quarteto é light,quase infantil,uma sitcom em várias locações e com grana para efeitos especiais.
Enfim, talvez seja um pouco demais ficar exigindo profundidade de um filme assumidamente tão superficial. Nunca li nenhuma história em quadrinhos do Quarteto, mas pelo que li a respeito, o clima das histórias não era tão leve como no filme. Mas talvez o público esteja cansado dos muitos dramas de heróis sofridos e cheios de conflitos pessoais, como o Hulk, Superman , Batman- resumindo,a maioria deles. O Quarteto seria então um antídoto a tanta dor e sofrimento.
Só não vá ao cinema desavisado e esperando grande coisa. Pros menos exigentes, pode ser uma boa sessão.
Fantastic Four: Rise Of The Silver Surfer / Tim Story / 2007 (2:35:1)
O curioso personagem já tem mais de quarenta anos nas costas sua primeira aparição foi justamente no gibi do Quarteto Fantástico,em 1966.Apesar de ser um personagem cultuado, nunca teve força suficiente pra estrelar um filme próprio.Os fãs podem ficar felizes,mas nem tanto:o personagem está lá, numa computação gráfica/trabalho de dublê bastante eficientes, mas tem pouco espaço no filme e não traz muito de suas características conhecidas nos quadrinhos. Tido como um herói trágico e filosófico,foi reduzido no filme a um capanga do espaço. O visual pelo menos está bacana.
Embora seja bobinho do começo ao fim,Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado é um blockbuster sem grandes pretensões,ao contrário do fraco Homem-Aranha 3, a maior decepção do ano até agora. Em comum,além da origem no papel, ambos os filmes têm muita vontade de faturar alto em todo o mundo. Custou caríssimo esse aqui,embora você fica se perguntando onde foi parar tanto dinheiro...,
Quanto ao elenco, só ator canastrão, até que se prove o contrário e-mais importante pro filme do que boas atuações- cheio de saúde pra dar. O casal sarado Jessica Alba/Chris Evans são os mais conhecidos do público, e aqui interpretam irmãos. O resto do elenco se resume a astros em ascensão (como o Ioan Gruffudd, o líder do quarteto) e atores de seriados de tv. A parte do orçamento geralmente reservada para grandes astros deve ter sido transferida para a área de efeitos especiais,
A sensação de deja vu é constante durante a projeção. O filme é tão quadradinho no visual e em sua estrutura, e as situações tão repetitivas, que em certos momentos você pensa que está assistindo mais um capítulo da franquia X-Men (as cenas na floresta), ou Guerra dos Mundos (as crateras no chão do centro de Londres), entre outros.
Para disfarçar a precariedade da trama, os roteiristas enfeitam o bolo e inserem dramas, como a possível separação do quarteto, mas até isso é tratado com a profundidade de um pires. Os problemas estão lá, mas não sentimos a gravidade deles. O Quarteto é light,quase infantil,uma sitcom em várias locações e com grana para efeitos especiais.
Enfim, talvez seja um pouco demais ficar exigindo profundidade de um filme assumidamente tão superficial. Nunca li nenhuma história em quadrinhos do Quarteto, mas pelo que li a respeito, o clima das histórias não era tão leve como no filme. Mas talvez o público esteja cansado dos muitos dramas de heróis sofridos e cheios de conflitos pessoais, como o Hulk, Superman , Batman- resumindo,a maioria deles. O Quarteto seria então um antídoto a tanta dor e sofrimento.
Só não vá ao cinema desavisado e esperando grande coisa. Pros menos exigentes, pode ser uma boa sessão.
Fantastic Four: Rise Of The Silver Surfer / Tim Story / 2007 (2:35:1)
2 comentários:
Pôxa, até acho que não é sempre que dá pra introduzir ecos de Hamlet em filme de quadrinhos - ninguém é Ang Lee, afinal de contas - mas precisava ser tãããão superficial assim como esses "fantásticos". Como diria o Macaco José Simão, eles estão mais é para cansásticos... Ô filminho besta, hein?! E boa diversão não deve ser confundida com um vazio absoluto de boas idéias, né?!
nem vi o primeiro, apesar de vc ter feito o favor de me contar a história dele. vi esse segundo mas pela saudade do cinemascopio de fato do que pela vontade de ver o filme. valeu por acabar com a abstinência. pelo filme, não vi o primeiro, não conheço os quadrinhos, mas digo que esse é razoavelmente fraquinho... é, sem muitas delongas, filmes como esse não ficam...
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