Corra que os mexicanos vêm aí
Babel guarda muitas semelhanças com Crash- No Limite. Se a bomba do americano Paul Haggis conta uma só história com personagens diversos que se cruzam, latem uns pros outros e depois choram que nem bebês no final, o mexicano Alejandro González Iñárritu mostra três histórias em que as ações de um personagem afetam outro alguém, não importa a distância física entre as pessoas. E todos choram que nem bebês no final.
Ambos também pertencem ao gênero gente idiota fazendo coisas estúpidas, o que na verdade não passa de um amontoado de crateras e absurdos imensos em seus determinados roteiros, falhas que infelizmente o público engole direitinho.
Haggis e o mexicano Guilermo Arriaga devem ter freqüentando a mesma escola de escrita, a julgar pela semelhança dos artifícios de manipulação contidos nos roteiros dos dois. Só que se em Crash tudo era brega e descontrolado, em Babel o nível é um pouco melhor . Tirando a absurda historieta que se passa no México, as ambientadas no Marrocos e- principalmente - no Japão funcionam bem, com um ou outro defeito. Só que isso aqui não é uma coletânea de curtas, então tudo vai por água abaixo. A ligação entre as três ações beira o absurdo.
O que mais choca nesse filme é que basicamente se trata de gente muito burra do terceiro mundo ferrando os desenvolvidos. E o filme é dirigido por um mexicano, vê se pode...
Técnicamente Babel é muito bom, o elenco está bem, a música é ok, mas o roteiro é uma lástima- sisudo, equivocado e cheio de si.
Ambos também pertencem ao gênero gente idiota fazendo coisas estúpidas, o que na verdade não passa de um amontoado de crateras e absurdos imensos em seus determinados roteiros, falhas que infelizmente o público engole direitinho.
Haggis e o mexicano Guilermo Arriaga devem ter freqüentando a mesma escola de escrita, a julgar pela semelhança dos artifícios de manipulação contidos nos roteiros dos dois. Só que se em Crash tudo era brega e descontrolado, em Babel o nível é um pouco melhor . Tirando a absurda historieta que se passa no México, as ambientadas no Marrocos e- principalmente - no Japão funcionam bem, com um ou outro defeito. Só que isso aqui não é uma coletânea de curtas, então tudo vai por água abaixo. A ligação entre as três ações beira o absurdo.
O que mais choca nesse filme é que basicamente se trata de gente muito burra do terceiro mundo ferrando os desenvolvidos. E o filme é dirigido por um mexicano, vê se pode...
Técnicamente Babel é muito bom, o elenco está bem, a música é ok, mas o roteiro é uma lástima- sisudo, equivocado e cheio de si.
Vale pelo elenco e pela última cena, belíssima. Mas não se engane, bom isso aqui não é.
Babel / Alejandro González Iñárritu / 2006 / (1:85:1)
7 comentários:
Eu encaro assim:
O cara dirigiu 21 Gramas. Isso não deve prestar rsrs.
Mas as sequências no japão são bem filmadas. Pelo menos, um bom trabalho de fotografia, e um cenário japonês. Pelo que ví no youtube rsrs
Na verdade, acho que preciso de um Lost in Translation 2.
Na verdade, acho que preciso de um Lost In Translation 2 (2)
Até que vc foi bonzinho com o Inarritu rsrsrsrsr Dizer que a últiam cena é belíssima é ser muito condescendente. Aquilo é diluição burra de tudo o que nos acostumamos a achar cool no cinema moderno (Lost in Translation é só a ponta do iceberg). Observe bem como as passagens do oriente médio não remetem diretamente à exploração dos espaços desérticos no cinema iraniano e afins, com todos os clichês "neo-neo-realistas" a que esses filmes nos habituaram (família miserável, crianças chorosas, um drama absurdo...). Da mesma forma é o olhar "urbano" lançado para o oriente: conflito de gerações, sexualidade em flor, ocidentalização, consumismo, dificuldades de comunicação... Nada de novo no front. Quem já viu algum filme de Ang Lee (pré-Hollywood), Tsai Ming Liang ou Wong Kar-Wai, para ficar apenas nos medalhões, conhece bem a origem daquelas imagens.
Resumindo, e como eu comentei com vc, depois de Babel a pessoa ainda vai achar que os mexicanos são suados, surdos-mudos são engraçados, japonesas são safadas e os árabes moram todos em cavernas... o mundo é grande, cheio de gente e todos são exatamente como nós os imaginamos ou vimos no noticiário.
Gente...vocês são mais malvados que eu...
Estou os achando malvados demais. Quem escreve a crítica? Voraz, heim?
De toda forma, bom saber que, apesar de não termos quase nada para comentar nos dois únicos conjuntos de saletas de Itabuna e Ilhéus, ainda assim, conseguimos ser críticos. Mas, vejam: que venham mais crash's e babéis a termos que aturar os correndo para os infernos XXXVIII.
hehehehe.....
Acabei de ler que o roteirista do filme, Gillermo Arriaga (21 Gramas e Amores Brutos) estará na FLIP - Parati, em julho, lançando seu livro - "um doce aroma da morte".
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