terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Filmes de Novembro de 2009
1. Melhor É Impossível *****
2. Bastardos Inglórios **
3. Cristine - O Carro Assassino ***
4. Topázio ***
5. Agora Seremos Felizes ***
6. Notas Sobre Um Escândalo *
7. O Tigre E O Dragão *****
8. O Estranho Mundo de Jack ***
9. Frakenweenie ****
10. O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel ****
11. Cinema Paradiso ****
12. As Idades de Lulu ***
13. Young People Fucking **
14. Ma Mère *
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Avatar ( ** )
Ame a natureza. E a tecnologia
Vamos aos elogios. Avatar, que há anos lemos e ouvimos que seria uma revolução tecnológica, é bem feito sim, elevando a patamares inéditos a computação gráfica no cinema. Se em 2002 e 2003 nos impressionamos com propriedade com a textura e profundidade do Gollum de O Senhor dos Anéis, aqui temos efeitos tão críveis que esquecemos de sua natureza artificial. Embora os seres criados pela equipe de Cameron não sejam perfeitos, ganham em veracidade de atuação, num ótimo upgrade da técnica de capture motion. Robert Zemeckis deve estar de mau humor em algum lugar.
O avatar da Sigourney Weaver é ainda mais crível e realista do que a própria Sigourney, e Zoe Saldana, que aparece no filme somente em sua versão azulzinha, está excelente. Dá para enxergar a atriz ali, o que é mais uma prova do uso excepcional que James Cameron faz dos efeitos especiais e das novas técnicas. Ele não valoriza apenas a natureza da técnica, mas a integra organicamente à narrativa, feito raríssimo.
O mundo natural de Avatar (os nomes da raça, dos personagens e afins são tão complicados que nem vou me dar ao trabalho de reproduzir aqui) é interessante, mas não passa de uma variação da Terra, o que é meio broxante, afinal este é o tal filme que está sendo preparado há uma década e meia. É detalhista, mas um pouco óbvio.
A mensagem new age e ecológica de Cameron chega na hora certa, o que deve tornar o filme mais palatável e atraente para a parcela, digamos assim, mais adulta e aversa a blockbusters. Mas aí é que está. Ignorando-se o filme de estreia de Cameron, o horrendo Piranhas 2 - Assassinas Voadoras, todos os filmes do cara são bem escritos e magnificamente dirigidos, o que não é o caso deste aqui.
Tudo parece no lugar e a trama corre sem maiores sufocos, mas o roteiro de Avatar é primário e pedestre (lembra uma animação da Disney...), e não fosse a tal revolução tecnológica que o filme quer tanto promover, principalmente nas salas 3D mundo afora, a mão do cineasta seria irreconhecível. O filme tentar passar uma mensagem simples e direta de forma pouco pragmática. A metragem é bem longa, a trilha sonora é horrível (cortesia do repetitivo James Horner, aqui em um mau dia) e no fim fica a impressão de que o filme é razoável, mas poderia ser de qualquer um.
Tudo o que o Cameron gosta, inclusive o fetichismo militar (o que é irônico, pois ele critica os militares aqui mas é claramente atraído pelas peculiaridades deste grupo)está presente, mas parece que o diretor de Aliens - O Resgate e O Exterminador do Futuro perdeu um pouco a mão aqui e, apesar de que não falta ação, claro, e bons momentos poéticos (às vezes, ripongas) ele perdeu um pouco da originalidade e mão firme que pontuou seus filmes anteriores. Um blockbuster genérico acima da média, que pode ser recompensador pra quem aguentar tanto azul e verde na cara.
PSIU: Ok, ok. Vi Avatar numa projeção convencional e, de brinde, com áudio dublado. Ou seja, só posso imaginar como seria a experiência de ver o filme em 3D, mas suspeito que não mudaria muito de opinião. O filme tem que falar por si, e quando lia, há anos e anos, que a produção seria isto e aquilo e "mudaria o cinema" e afins, com certeza não imaginava que este título seria mais um na multidão. A técnica evoluiu, mas a maneira de contar a história aqui é envelhecida e trivial.
PSIU 2:Sou fã de James Cameron, e fiquei ainda mais quando ele declarou recentemente que não pretende substituir atores, mas sim economizar em maquiagem. Um alívio, afinal os esforços em vão de gente como Zemeckis e George Lucas (que diz ser fã do "cinema puro, sem atores". Medo) é substituir o prazer de ver uma atuação de verdade por pixels. Ainda bem que estão se dando mal. Mil pontos para James Cameron.
PSIU 3:Avatar como um dos favoritos a liderarem as indicações ao Oscar? É piada né? A coisa tá feia pra Academia. E duvido que o filme receba muito amor de lá, embora a indicação a Melhor Filme seja quase certa.
Meu Top 8 James Cameron (longas de ficção):
1 - O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final ( ***** )
2 - True Lies ( ***** )
3 - Titanic ( **** )
4- Aliens - O Resgate ( **** )
5 - O Exterminador do Futuro ( **** )
6 - O Segredo do Abismo ( *** )
7 - Avatar ( ** )
8 - Piranhas - Assassinas Voadoras ( * )
Avatar / James Cameron / 2009 (2.35:1)
domingo, 13 de dezembro de 2009
Bastardos Inglórios ( ** )
Um maravilhoso filme irregular
Quando vi Kill Bill – Vol. 1 pela primeira vez foi traumatizante. Para mim não foi uma sessão de cinema, foi um experimento de tortura. Não tive estômago pra tanta carnificina, e não caí naquela de que “é tudo tão artificial que não choca”. Sim, o sangue ali tem uma cor diferente e jorra em excesso, mas um braço cortado ainda é um braço cortado. Mas, se hoje não tenho problema algum em rever o filme de olhos bem abertos (tirando a cena da porta; nunca me acostumarei com aquilo), fica a lembrança da tensão causada nos filmes de Tarantino, seja por pressão psicológica ou pela integridade física do outro. Isto está presente em todos os seus filmes.
O temor pelo o que acontecerá pelos seus personagens, os confrontos, os embates muito bem construídos, são uma das melhores coisas em seus filmes, e a ausência desse sentimento em diversos momentos chaves de Bastardos Inglórios já é um indicio de que algo está errado aqui. Em cenas chaves parece que estamos vendo uma imitação Tarantinesca, não um momento saído direto da fonte.
Tem tudo o que esperamos de um Tarantino: cinefilia exacerbada, a maravilhosa reutilização da trilha sonora alheia, diálogos extensos e sensacionais, atuações intensas, a quebra de expectativas e momentos surpreendentes. Mas Bastardos não me pegou. Foi a primeira vez que não gostei de um filme de Quentin Tarantino, quem sabe em futuras revisões mudo esta impressão.
O problema aqui é que o ritmo, sempre tão fluente nos filmes do cara, é mal resolvido, e a divisão em subtramas, os inserts, não funcionam como em seus outros filmes. O roteiro de Inglórios, apesar do divertido e do delirante desfecho, também é um pouco decepcionante. Parece que foi tão bem trabalhado que passou do ponto. Merecia uma revisão e um refinamento, apesar de toda a sua inventividade.
Disfarçado de filme de guerra e vingança, aqui não temos mais uma recriação de uma aventura redentora tão popular no cinema clássico americano. A um pequeno passo da paródia, a trama aposta na subversão de velhos clichês envolvendo aliados e nazistas, uma grande brincadeira. Ambientado na Europa, não poderia ser mais americano e irônico.
Christoph Waltz, Daniel Brühl e Melanie Laurent estão sensacionais, e mereciam um filme só para os seus personagens. Brad Pitt e seu risível tenente Aldo Reiner poderiam doar todas as suas cenas para o Coronel Hans Landa e Shosanna, seria mais justo e benéfico. E que cena é aquela da grande Shosanna esperando o momento de sua vingança, ao som de David Bowie e seu tema para A Marca da Pantera? Sensacional e um dos momentos mais transcendentais do ano. Mas e o resto?
Vou parar por aqui antes que eu me incrimine mais. Pelo jeito, fui um dos pouquíssimos que não aplaudiram Bastardos de pé. Quem sabe qualquer dia desses
PSIU: Os últimos filmes de Tarantino tiveram péssima distribuição no país. Os dois volumes de Kill Bill foram lançados com seis meses de atraso em relação ao resto do mundo, e o ótimo Death Proof até hoje está no limbo da distribuidora Europa Filmes. Bastardos inglórios, a maior bilheteria da carreira do diretor, pelo jeito só saiu rápido no Brasil porque foi distribuído por uma major, a Paramount/ Universal.
PSIU 2: Meu Top 7 Tarantino (longas)
1. Kill Bill – Vol. 1 ( ***** )
2. Pulp Fiction – Tempo de Violência ( **** * )
3. Jackie Brown ( ***** )
4. Death Proof ( **** )
5. Cães de Aluguel ( *** )
6. Kill Bill – Vol. 2 ( *** )
7. Bastardos Inglórios ( ** )
Inglorious Basterds / Quentin Tarantino / 2009 (2.35:1)
Guerra Ao Terror ( *** )
Técnica irrepreensível
Sumida das telas desde o cansativo K-19 - The Widowmaker (um verdadeiro sonífero cinematográfico) a diretora Kathryn Bigelow, que construiu a sua carreira com filmes enérgicos e cheios de adrenalina, volta à tona com um dos títulos mais festejados do ano, lançado ano passado no Festival de Veneza e que foi um sucesso modesto e inesperado nas telas norte-americanas neste ano.
The Hurt Locker é impressionante pela sua energia que, felizmente, não resulta em afetação - lembremos dos irmãos Scott, Tony e Ridley, e dá para ter uma ideia do que estou pensando. Mostrando um mês do trabalho do esquadrão anti-bombas atuante no Iraque atual, a diretora alterna tensão geral e conflitos pessoais de forma sublime.
A interação com os moradores do local - todos são suspeitos - é um dos aspectos mais interessantes. Ver os americanos e ingleses nas ruas iraquianas nos lembra humanos à solto na selva. Se não há um tratamento estereotipado dos cidadãos locais, há a sensação de perigo iminente e constante.
A parte técnica é sensacional. Bigelow definitiva e merecidamanete, vai se tornar em fevereiro a segunda cineasta norte-americana a receber uma indicação ao Oscar de direção - Sofia Coppola é a única até hoje que recebeu este mérito. A edição e a fotografia também são primorosas, e destaco ainda a direção de arte. Filmado em locações na Jordânia, a ambientação é sufocante e bastante verdadeira.
Filmado a um custo estimado de U$ 11 milhões, o filme parece ter custado no mínimo quatro vezes mais. Jeremmy Renner e Antony Mackie tem aqui a chance de dominar o espetáculo, as atuações são ótimas. Poderia ser um filme frio e genérico, mas se revela um estudo de situações limites e trabalhos e estilos de vida que impregnam o homem de tal maneira que até mesmo quando se retorna para casa, a cabeça não descansa.
PSIU: A Imagem Filmes, uma das distribuidoras mais equivocadas do país, perdeu a chance de ter um potencial hit nas salas ao lançar Guerra Ao Terror direto em DVD no país, no meio do ano. Péssimo timing.
PSIU 2: Voltando à Imagem, na capinha do dvd os nomes de Guy Pearce, David Morse e Ralph Fiennes aparecem em destaque, como se eles fossem protagonistas dos filmes. Um absurdo, eles fazem apenas pontas discretas na película. Renner e Mackie, os verdadeiros protagonistas, seuqer são citados na embalagem.
PSIU 3: Se Kathryn Bigelow for mesmo indicada ao Oscar, e James Cameron também, por Avatar (cujas primeiras sessões para imprensa esta semana foram celebradas na Europa e nos Estados Unidos) teremos uma disputa entre divorciados. Curioso.
The Hurt Locker / Kathryn Bigelow / 2008 (1.85:1)
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Preview: Simplesmente Complicado
Dirigido pela Nancy Meyers, a mesma dos divertidos Alguém Tem Que Ceder e O Amor Não Tira Férias, It´s Complicated (previsto para chegar aos cinemas brasileiros em fevereiro do ano que vem) traz Meryl dividida entre voltar para o ex-marido Alec Baldwin ou engatar um romance com o Steve Martin.
É medido e pesado para deliciar mulheres, assim como os outros filmes de Meyers, mostrando gente rica, bonita e despreocupada sofrendo por amor de uma forma bem superficial. Diverte e é melhor que novela.
Preview: Precious
Lee Daniels, diretor do pouco visto Shadowboxer (lançado no Brasil direto em dvd com o genérico e repetitivo título Matadores de Aluguel), com Helen Mirren e Cuba Gooding Jr, e produtor de filmes como A Última Ceia estourou em janeiro no último Festival de Sundance com este drama estrelado por duas atrizes negras e obesas que se tornou o darling da crítica americana - foi um dos assuntos mais persistentes na blogosfera.
As duas atrizes, Mo´Nique (mais conhecida por comédias) e a novata Gabourey Sidibe estão cotadíssimas para concorrer (e, pasmem, ganhar) os Oscar de atriz coadjuvante e protagonista, respectivamente, no ano que vem, e até mesmo Mariah Carey, dona de um pequeno papel na película, vem colhendo elogios entusiasmados. É, o mundo dá voltas. O filme se passa na década de 1980 e conta a história de uma adolescente americana, mãe precoce, que vive de forma miserável, em todas as instâncias, tentando mudar o rumo de sua vida.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Tá Rindo Do Quê? ( *** )
Um drama de Judd Apatow
O mais novo filme de um dos nomes mais celebrados de Hollywood nesta década, Tá Rindo do Quê? traz novamente o que vimos de melhor nos dois primeiros filmes dirigidos por Judd Apatow. Temos aqui as ótimas sacadas, as doses de ironia que não poupam ninguém do mundinho hollywoodiano, a participação de amigos muitos especiais e um jeito grosseiro, mas bastante hilário, de abordar várias questões delicadas e pertinentes. Mas pode ser um problema para muitos que este Funny People não seja tão, aí aparece a ironia, tão engraçado quanto o excepcional O Virgem de 40 Anos e o muito bom Ligeiramente Grávidos.
Adam Sandler interpreta George Simmons, um comediante milionário que começou a carreira de forma modesta em números de stand up e que atualmente ganha a vida fazendo comédias ridículas, que sempre estouram nas bilheterias – qualquer semelhança coma carreira do lado de cá do Adam Sandler é mera coincidência, ok?
George, que distribui autógrafos amigavelmente e trata bem o seu público, é um cara amargo, arrogante e pedante, que não mantém contato com a família e provavelmente não sabe o nome de nenhum dos seus empregados. Arrasado ao descobrir que desenvolveu uma doença terminal, ele passa a freqüentar novamente os clubes de stand up, em shows amargos e pessimistas – mas com uma plateia tão viciada e deslumbrada que, mesmo quando é insultada, bate palmas entusiasmadas para o cara.
É num desses shows que ele conhece o personagem de Seth Rogen, um comediante quebrado, que mora de favor em um sofá na casa de amigos, e que ao tornar-se secretario pessoal do astro moribundo começa a ver que o mundo dos comediantes não é nem um pouco leve - e Simmons, uma figura desagradável, pode ser ele amanhã. Uma perspectiva nada otimista. A aproximação de uma antiga namorada (Leslie Mann, esposa de Apatow) é uma das tentativas de George de mudar algumas coisas em sua vida antes que ele morra. Os desdobramentos são impagáveis.
O curioso deste filme é que, além de contornar os clichês daquele tipo de filme em que o protagonista descobre que vai bater a s botas em pouco tempo, é que o roteiro de Apatow não pega leve em sua crítica ferina. Apesar de Adam Sandler ser conhecido na “vida real” como um cara camarada e generoso, e não ficar o tempo todo mergulhado em produções esquecíveis (títulos como Embriagado de Amor e Espanglês não nos deixam mentir) parece haver muito dele em George Simmons, e o fato de Sandler estar ótimo no papel ajuda ainda mais a reforçar esta impressão.
As piadas estilo Apatow estão em abundância aqui, mas em um clima menos esfuziante. Ainda mais do que em seu último trabalho na direção, o cineasta parece querer investigar os dramas de gente como a gente e acaba fazendo, curiosamente, mais uma produção filiada ao que tem sido chamada de bromances, aquelas histórias que estruturalmente lembram um romance, mas que são protagonizadas por homens – o divertido Eu Te Amo, Cara, protagonizado por vários amigos de Apatow, é o exemplo máximo desse subgênero.
Como em Virgem e Grávidos, a fauna de coadjuvantes aqui é sensacional, e a trilha sonora outro arraso – fãs de Wilco irão ao delírio em uma ótima cena. Mas não dá pra evitar pensar que em apenas seu terceiro filme – marco bastante destacado no cartaz de divulgação americano – Tá Rindo do Quê? já mostra um cineasta evoluído que, continuando fiel ao seu estilo proposto desde o começo, começa a apostar em um tom mais sóbrio e complexo. O que vem por aí?
PSIU: Uma produção cara bancada por dois dos maiores estúdios de Hollywood (Universal e Sony), estrelada por um dos astros mais caros do mundo (Sandler, claro), dirigida por um dos cineastas americanos mais originais dos últimos anos e com uma equipe técnica classe A (só para exemplificar, o Diretor de Fotografia aqui é o Janusz Kaminski, o fotógrafo “oficial” de Steven Spielberg, que só colabora com outros diretores quando Spielberg está de folga) tem tudo para ser um grande sucesso de bilheteria, certo?Não.
Funny People não foi um estouro de bilheteria na América do Norte e vai ser lançado no Brasil direto em DVD em janeiro, após a estreia, marcada para o mês passado, ter sido cancelada. Não é a primeira vez que isso acontece com Sandler, vide Golpe Baixo, lançado pela Paramount diretamente no mercado doméstico. Mas se neste filme o tema (futebol americano) pode ser uma justificativa aceitável para a ausência do filme nas salas brasileiras, o “fracasso” comercial de Tá Rindo do Quê? lá em cima parece não justificar muito a sua ida sem escalas para as videolocadoras. É uma equação complicada. No Brasil os direitos de distribuição pertencem a Universal, a mesma que colocou recentemente nas salas nacionais as novas obras de Ang Lee, Pedro Almódovar e Quentin Tarantino, bastante autorais, mas nem por isso menos comerciais.
Sem falar que os comediantes solos nunca foram tão populares no Brasil, o que poderia despertar interesse por este filme, que mostra os bastidores deste mundo. Outra excelente produção da turma do Apatow, Ressaca de Amor, também foi direto pra DVD no ano passado, mas o inferior, embora bem bom, Eu Te Amo, Cara passou nos cinemas. Então, quais são os critérios?
Funny People / Judd Apatow / 2009 / (1.85:1)